"Olinda salve o teu carnaval"
“Olinda! quero cantar a ti essa canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração, de amor a sonhar
Em Olinda sem igual
Salve o teu Carnaval!”
Quem já passou o carnaval subindo e descendo as ladeiras de Olinda dificilmente não se arrepia ao ouvir o Hino do Elefante. Gravada em 1952, a troça é a canção mais tocada durante os quatro dias de folia e, de longe, é a que mais tem a cara da festa. Prestando atenção na letra completa fica fácil entender porque o carnaval de Olinda é tão especial. Esqueça axé music e samba, na folia pernambucana você só ouve frevo, maracatu, caboclinho e outros ritmos locais. E é justamente isso que faz o carnaval de lá ser tão apaixonante.
Em Olinda, a festa começa cedo todos os dias – há blocos que saem às 8h. Se você não tem um roteiro pré- estabelecido, escolha uma rua (aconselho que não seja nenhuma das principais) e fique por ali ‘vendo a banda passar’. Literalmente, já que são inúmeros pequenos blocos e troças que circulam pelas ladeiras o dia inteiro.
Entre os blocos mais famosos estão o Eu acho é pouco, que desfila seu dragão vermelho e amarelo no sábado à tarde (e na segunda-feira em Recife) e o Enquanto isso na Sala de Justiça, que reúne no alto da Sé uma horda de foliões vestidos de super-herois no domingo de manhã. Os dois desfiles são imperdíveis! Na terça-feira, vale enfrentar o calor para ver todos os famosos bonecos de Olinda desfilarem juntos pelas ruas.
Quem gosta mesmo de carnaval sabe: se fantasiar faz parte do espírito. E em Pernambuco, vestir fantasia é regra básica. Nem o calor desanima os foliões, principalmente as mulheres, que investem pesado na produção. É um mar de saias de filó, paetês, brilhos, meias arrastão etc. E digo que faz toda a diferença! Parace que toda a cidade está em ritmo de carnaval. Se você não tem uma fantasia pronta, improvise com brilhos, paetês, fitas coloridas, o que vale é estar confortável e cheio(a) de cores! Ah sim, nunca esqueça do protetor solar.
A tentação é grande e o calor também, então, tente não exagerar naquelas gostosuras típicas do nordeste, como tapioca, carne de sol e caldinhos. É difícil acompanhar o ritmo intenso de blocos e ainda se alimentar direito, mas é bom tentar fazer pelo menos uma refeição decente durante o dia para aguentar a maratona. Só não deixe de comer uma tapioca no alto da Sé (na verdade, uma dica para o ano intediro).
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